População brasileira envelheceu mais em uma década

Uma pesquisa divulgada no último mês de julho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que ao longo da década de 2012 a 2021 houve a tendência de envelhecimento da população brasileira. Os dados mostram que a proporção de pessoas abaixo de 30 anos recuou de 49,9%, no ano de 2012, para 43,9%, em 2021. O número de brasileiros nessa faixa etária diminuiu de 98,7 milhões para 93,4 milhões, demonstrando uma queda de 5,4%.

Já entre a população de 30 anos ou mais houve um aumento de 50,1% para 56,1% entre os anos de 2012 e 2021. O grupo subiu de 99,1 milhões para 119,3 milhões neste intervalo, sinalizando um avanço foi de 20,4%.
Na população com 60 anos ou mais nota-se um aumento expressivo de 11,3% para 14,7%. Esse grupo passou de 22,3 milhões para 31,2 milhões, representando uma alta de quase 40% na década em questão.

Os dados integram a PNAD 2021 e não incorporam os efeitos da pandemia Covid-19. As projeções poderão ser ajustadas após o Censo Demográfico 2022, ainda que este provavelmente não altere tendências já levantadas, como a do envelhecimento da população.


Diante desse novo cenário, torna-se necessário adotar medidas que ofereçam um futuro melhor para a população, tais como a elaboração de uma política de saúde que inclua desde um atendimento diferenciado até projetos de cidades inteligentes, tendo em vista a redução da mobilidade dessas pessoas. Também é interessante uma política previdenciária que atenda um país com uma parcela menor da população trabalhando e um aumento no número de aposentados.

Leia as reportagens completas publicadas na Folha de São Paulo:

Crianças são 4 em cada 10 pessoas pobres no Brasil

Em matéria publicada pelo Valor econômico, para cada 10 pessoas pobres no país, 4 eram crianças no ano de 2019, o que corresponde a 20,8 milhões de crianças cujo bem-estar está comprometido pela pobreza.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE., Paulo Tafner, comentou como a pandemia intensificou a pobreza, uma vez que o distanciamento social e o enfraquecimento da economia, trouxe altas taxas de desemprego.


“Sem dúvida, a pobreza se intensificou em 2020. A pandemia trouxe uma piora intensa do mercado de trabalho, concentrada nos grupos de renda mais baixa. A renda é um dos critérios para a definição de pobreza. E no Brasil tem um papel mais proeminente, já que bens públicos como educação, saúde e cultura são mais limitados”

Paulo Tafner, pesquisador do IBGE.


Segundo ele, cerca de 49,8 bilhões de reais investidos por ano pelo Estado seriam suficientes para erradicar a pobreza infantil. O pesquisador afirma que este investimento faria diferença na mobilidade social do país, tornando-a mais dinâmica. Uma vez que, a maior mobilidade oferece oportunidades para aqueles que não têm, servindo como um mecanismo que possa ajudar essas crianças a deixar a pobreza para trás.
Mais do que a situação atual de pobreza vivida por essas crianças, aponta o diretor executivo da Ação da Cidadania, Rodrigo Kiko Afonso, chamam a atenção as consequências para o futuro. O atual modelo da sociedade brasileira “perpetua” a pessoa na pobreza, ao não dar condições de saída dela, por falta de acesso a renda e a direitos como saúde e educação de qualidades, afirma Kiko.

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Intenção de consumo é a pior em 10 anos

O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou o patamar de 72,1 pontos em dezembro deste ano, o pior patamar para meses de dezembro da série histórica do índice, iniciada em 2010, influenciada pela crise econômica causada pela pandemia. Mas também foi o maior resultado desde maio de 2020, quando chegou a 81,7 pontos, segundo reportagem da Agência Brasil. 

A alta taxa de desemprego podem ser um dos condicionantes da baixa expectativa de consumo.  Segundo a PNAD contínua, realizada pelo IBGE, chegou a 14,6% no terceiro trimestre  e está em alta em 10 estados.

Esses resultados fazem jus ao ano de 2020, visto que de acordo com o IBGE, no terceiro trimestre tivemos o pior índice de desemprego desde 2012, alcançando uma marca de 14,6%, um aumento de 1,3 pontos a mais do que no segundo semestre, correspondendo a cerca de 14,1 milhões de brasileiros desempregados ao todo e um crescimento de 1,3 milhões em relação a ultima análise.

Com a baixa disponibilidade de empregos formais, a taxa de trabalhadores informais cresceu para 38,4%, correspondendo a 31,6 milhões de brasileiros, o que representa um aumento de uma população vulnerável, que não terá os direitos trabalhistas básicos como o salário mínimo, resultando em trabalhadores com menor remuneração.

O baixo rendimento financeiro em relação as pessoas desempregadas e informais, acaba por refletir as taxas de consumo, pois não se espera que se consuma muito, aquele que ganha pouco.

Para a CNC, houve sinais de melhora no consumo, no curto prazo, mas as famílias ainda se mostram insatisfeitas em relação à situação atual do mercado de trabalho.

Leia as notícias completas nos sites do IBGE, Agencia Brasil e G1.

Pobreza extrema aumenta no Brasil, diz IBGE

A extrema pobreza tem crescido nos últimos anos e afeta 13,7 milhões brasileiros, segundo  dados da Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE.
Em 2014, 4,5% da população que viviam com cerca de 151 reais por mês para 6,5% no ano de 2019.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em sua Síntese dos Indicadores Sociais, o contingente representa 6,5% da população brasileira vivendo com menos de US$ 1,90 por dia (R$ 151 por mês, segundo a cotação e a metodologia utilizadas na pesquisa).

Na comparação por regiões no Brasil, os dados mostram pequenas oscilações na comparação com o ano anterior. Nos estados do Norte do país, o percentual de pobres aumentou, de 41,3% para 41,6%. Já nas demais regiões brasileiras, houve queda: o Nordeste foi de 43,6%para 42,9%, o Sudeste de 16,3% para 15,8%, o Sul de 12,1% para 11,3% e o Centro-Oeste de 16,4% para 15,3%. Oscilações que são consideradas estáveis, por isso as quedas não são significativas.

O levantamento evidenciou também a desigualdade por cor ou raça. Embora 56,3% da população se autodeclare como pretos e pardos, estes representam 70% da população abaixo da linha da pobreza. E quando se trata de mulheres negras, representam 39,8% da população extremamente pobre.

Leia a reportagem completa publicada na Folha de São Paulo  aqui 

POF 2017-2018: Brasileiro mantém dieta à base de arroz e feijão, mas consumo de frutas e legumes é abaixo do esperado

Segundo a última pesquisa de orçamento familiar (POF 2017-2018), o consumo de arroz e feijão ainda se mantém predominante na dieta do brasileiro, contudo foi vista uma redução quando comparado com o aumento de alimentos processados e ultraprocessados, sobretudo entre os mais jovens.

 A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) visa mensurar as estruturas de consumo, dos gastos, dos rendimentos e parte da variação patrimonial das famílias. Possibilita traçar, portanto, um perfil das condições de vida da população brasileira a partir da análise de seus orçamentos domésticos.

A frequência de consumo de frutas, verduras e legumes é menor entre adolescentes do que entre adultos e idosos. Os adolescentes consomem o dobro de sanduíches, quatro vezes mais pizzas, nove vezes mais bebidas lácteas e 20 vezes mais salgadinhos que os idosos.

Além disso, a frequência do consumo alimentar fora do domicílio no Brasil caiu de 40,2% para 36,5% da população de 2008-2009 para 2017-2018.

Essa relação de consumo foi analisada pelo economista  e coordenador do Índice de Produto ao Consumidor do Ibre/FGV, André Braz. Ele explica que os resultados obtidos na POF estão associados à questão de renda, pois à medida que a renda familiar diminui há um aumento no consumo de alimentos processados, devido sua maior duração na geladeira principalmente neste atual momento  de pandemia.

O IBGE ressalta que a maioria dos alimentos consumidos pelos brasileiros ainda é natural ou minimamente processada, mas frisa que os alimentos ultraprocessados já  somam cerca de um quinto das calorias consumidas.

O consumo médio diário de açúcar também aumentou nos diferentes grupos etários em ambos os sexos, sendo mais elevado entre os adolescentes.  Já a frequência da ingestão de sódio estava acima do limite recomendado em mais da metade da população, sendo mais elevada em homens adultos (74,2%) e reduzida em mulheres idosas (25,8%).

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Leia a reportagem do jornal O globo  aqui

Acesse a pesquisa completa POF_2017-18